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  • Foto do escritorMari Goé

Entrevista exclusiva com os paulistas do Cordillera, falando mais detalhes de seu próximo álbum


Crédito: @r.gimenes

-Oi galera, obrigada pela entrevista, vamos começar falando sobre o começo da banda. Conte como o Cordillera começou. Qual era a ideia inicial de vocês?

Raphael Moretti (guitarrista): Tava na época de transição pro Spotify, uns dez anos atrás. A gente queria fazer rock autoral, botava muita fé nisso, tínhamos umas 3 músicas, resolvemos gravar e achávamos que tínhamos que profissionalizar a banda, fazer um material foda. No final, esse EP foi prensado em CD e nunca lançado no Spotify. Mas esse foi o começo da banda.


-Vejo que a banda conseguiu montar a sua própria sonoridade, com um som bem fluido e com personalidade própria. Quais são/foram as principais influências da banda?

Raphael Moretti: Olha, é uma mistureba, como o nosso som mesmo. Nirvana, Iron Maiden, Clube da Esquina, Bon Jovi, Tears for Fears, Sepultura, por aí. Hoje em dia, tamo mais pra Novos Baianos, Duda Beat, Mars Volta, Djavan e Almir Guineto rs


-A pandemia começou justo quando vocês estavam finalizando o segundo álbum, certo? Como foi este período para a banda?

Raphael Moretti: É, foi péssimo, né. Acho que esse álbum é meio temporão mesmo, o Esmo. Não tínhamos terminado nem de gravar, na verdade. Então, as músicas foram envelhecendo, sem poder ser exatamente mudadas, sem ter que regravar tudo. No final das contas, foi um alívio lançar esse álbum finalmente.


-E a pandemia chegou a afetar o conceito ou sonoridade deste segundo álbum?

Raphael Moretti: Hn, no sentido que eu falei sim, de fazer envelhecer as músicas. Porque não pudemos mexer muito nelas depois que a pandemia apareceu. Mas teve um ponto interessante. No final das contas, tínhamos uma música já gravada que ainda não tinha letra. Fiz uma montagem com falas do Bolsonaro confessando grandes crimes (não é muito difícil fazer isso, já que tudo o que ele naturalmente fala já é criminoso) e casou perfeitamente com a música - essa faixa se chama O vírus sou eu, ouve lá!

- O próximo disco da banda será em português, o que é muito legal. Como surgiu a ideia de gravá-lo em português?

Raphael Moretti: Surgiu da percepção de que cantar em inglês era mais consequência da minha incapacidade de escrever em português rs


-E o que este terceiro álbum significa pra vocês? Qual a importância dele pra o Cordillera?

Raphael Moretti: Uai, significa a possibilidade da gente se comunicar melhor com o público brasileiro, porque a gente vê caminhos melhores pra fazer a banda chegar em mais gente, que é o nosso objetivo.


-A banda está prestes a completar 10 anos de estrada, como vocês fariam um paralelo entre quem vocês eram no primeiro lançamento de vocês, e quem são hoje em dia?

Raphael Moretti: Um paralelo perfeito seria: nós éramos os donos do circo, agora somos os palhaços.

-Como funciona o processo criativo da banda, todos compõem juntos ou cada um é responsável por uma coisa?

Raphael Moretti: Geralmente alguém vem com uma ideia bem boa e a gente vai expandindo juntos aquela ideia. É um esforço imenso não fazer 10 músicas em uma só rs


-Se você pudesse definir a essência/espírito da banda, como seria?

Raphael Moretti: Um lagarto tomando sol no deserto e olhando de longe um lago, sabendo que é uma miragem.


-Quais os próximos planos do Cordillera?

Raphael Moretti: Estamos produzindo as demos do álbum novo, enquanto fazemos a tour do Esmo. Acredito que até o fim do ano, teremos novidades quanto ao futuro da banda no ano que vem, mas a ideia é gravar no começo de 2024, lançar e girar a roleta pra ver o que acontece.


-Indique algumas bandas e projetos semelhantes ao Cordillera, para que o público também possa conhecer!

Raphael Moretti: Recomendo fortemente o trabalho solo do Tar (https://open.spotify.com/artist/0iMtRpk9hUygyP8CNFk7jb?si=WZMYyvrWT0OuQkqyIyV1zQ), um de nossos guitarristas, um dos melhores do Brasil, sem nenhuma dúvida.


-Estamos finalizando a entrevista, gostaria de mandar um recado pra galera?

Raphael Moretti: Sim! Não comam ultraprocessados, apoiem o MST e obrigado pela oportunidade - ah, ouçam Cordillera, se quiserem.



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