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  • Foto do escritorMari Goé

Entrevista Sediment Bruise: banda fala sobre dificuldades de ser uma banda independente, do novo EP "Heterentropy", e muito mais

Há quase 20 anos sendo uns dos nomes mais sólidos do post-rock e indie na Grécia, o Sediment Bruise lançou recentemente seu quarto EP "Heterentropy", com letras pesadas, sonoridade progressiva, e influências fortes de nomes como Sigur Rós e Tool!


-Primeiro, obrigado pela entrevista! Bem, acho que a banda tem quase 2 décadas de existência, certo? Qual foi o maior desafio que vocês enfrentaram durante esses anos como banda?

Obrigado pela entrevista também! Bem, a resposta à sua pergunta é óbvia: a covid-19 e os seus confinamentos… Para uma banda de seis elementos como o Sediment Bruise é muito difícil até ensaiar, quanto mais criar novas músicas. Veja bem, após a aclamação da crítica do In-Between e nossa primeira turnê internacional, estávamos cheios de ideias, ansiosos para colocá-las da caneta no papel! Então, toda essa confusão quase quebrou nosso espírito, estávamos perto de nos dissolver. Mas acho que depois de mais de 20 anos de atividade, ficamos resilientes, por isso ainda estamos aqui!


-E como foi a construção do som da banda? Você tem alguma banda que te influenciou?

Claro! Radiohead, dEUS, Arcade Fire, Tool, Massive Attack, Elbow, Sigur Ros e, ultimamente, Fontaines DC e todas as lendas do shoegaze como Slowdive. Todos nós seis ouvimos, diariamente, tons musicais de vários gêneros musicais. Então, quando entramos em estúdio trabalhando em coisas novas, o que acontece é essa fusão de influências que constrói o som final da banda, que acaba organicamente único.


- Vocês lançaram o novo EP “Heterentropy” em novembro passado, vamos falar sobre esse disco! Como foi o processo de produção deste EP? Como e quando tudo começou?

A “heterentropia” foi criada entre bloqueios ambiciosos. Sempre que pudemos trabalhar todos juntos em nossas ideias pré-gravadas, nós o fizemos e trouxemos as faixas em seu estado atual. Porém, o processo de gravação foi um pouco confuso, pois devido a problemas de saúde mental da equipe de engenharia e mixagem durante as gravações, tivemos que atrapalhar o processo e começamos a trabalhar com novos colaboradores. Como vocês podem entender, isso trouxe um pouco de caos, muita turbulência e atrasos. Com muito trabalho adicional e dedicação conseguimos colocar as coisas de volta nos trilhos, então pronto!



-Que tipo de temas te inspiraram a escrever as músicas do novo EP?

Problemas de saúde pessoal, perdas de amigos e familiares, uma pandemia global e a crise financeira que enfrentamos atualmente… Gostaria que fôssemos mais felizes, mas não conseguimos lutar contra a nossa escuridão interna, tivemos que deixar isso acontecer através de nossas músicas.


-E depois de todos esses anos de carreira da banda, quais são os momentos mais especiais? Tipo, uma música favorita, um álbum, um show…

Momentos especiais… Hmm… Definitivamente, nossa primeira turnê internacional na União Europeia em 2019, nossos shows em Londres em 2011, finalizando a mixagem e masterização do nosso segundo disco no estúdio de Clive Martin em Camden London, ouvindo os fãs cantando as letras de nossas músicas em todos os concertos…


-Você poderia recomendar uma banda parecida com a sua para os leitores do nosso site?

Eu diria que The Fog Ensemble, embora eles tenham se separado durante a pandemia, eles eram uma ótima banda com 2 discos que definitivamente valem a pena ouvir!


-Você gostaria que sua música fosse lembrada por quê? Tipo, qual é o legado da banda?

Transcendendo a emoção dos nossos ouvintes, criando paisagens musicais, deixando a nossa marca (nossa marca sedimentar) na alma das pessoas…


-Agora, comparando o seu primeiro álbum “Sediment Bruise” com o último EP “Heterentropy”, o que mudou desde então?

Tudo mudou. O mundo inteiro é diferente hoje em dia. Naquela época éramos crianças, agora temos nossos próprios filhos. Naquela época você precisava assinar com uma gravadora para existir, agora você pode colocar sua música em uma plataforma digital e se promover nas redes sociais. Naquela época os CDs eram o meio principal, agora os lançamentos digitais transcendem o mercado e as cópias físicas são em sua maioria vinil. No que diz respeito à banda, a principal diferença é que agora estamos mais confiantes na música que queremos criar.


-E quais são os planos do Sediment Bruise para 2024?

Planejamos subir ao palco em alguns festivais pela Europa, planejamos promover ‘Heterentropy’ globalmente e gostaríamos de começar a trabalhar em algumas músicas novas.


-Obrigado pela entrevista, gostaria de mandar uma mensagem aos fãs?

Ouça boa música, música divertida, todas as músicas… É o melhor antidepressivo!


Acompanhe a banda: https://sedimentbruise.com/

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