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  • Foto do escritorMari Goé

Entrevista Acervo: "Acho que o maior espírito que a gente pode carregar é que você não está só!"


-A banda já tem quase 10 anos de estrada, vamos começar falando sobre como começou a banda. E qual era a ideia de vocês no início?

Alemão – Então, o Acervo se formou após uma apresentação em um concurso de bandas de colégio aqui do recife, e desde o início foi realmente juntar as referências de cada um, e fazer algo nosso, isso seria o nosso “Acervo”.


-Quando se trata da sonoridade da banda, quais foram as principais influências de vocês?

Alemão – No geral, todo mundo curtia rock alternativo Foo Fighters, Muse, e começamos a dividir mais essas referências, começamos a nos aprofundar mais na cena br, selvagens a procura de lei, vivendo do ócio, nação zumbi, fresno, scalene e supercombo foram bandas que começaram a trazer para gente outra perspectiva de rock nacional.

-Tem algum tema que é sempre abordado nas letras de vocês, ou vocês não se prendem a nenhum tipo de conceito? O que inspira na composição?

Alemão – Então, saúde mental é bem recorrente nas últimas composições, a gente ama criar conceito, mas não é algo limitante, sabe? Acho que o melhor conceito que temos é que desde o atordoado, existe uma “terceira” pessoa observando as músicas, que acaba ligando todos os temas que já falamos e isso criou uma persona e vamos utilizar ele logo mais, apresentando mais um pouco desse conceito doido (risos).


-Quais as dificuldades vocês enfrentam em ser uma banda independente?

Alemão – Então, investimento e rentabilidade, dentro da banda a gente divide funções, então, produção no geral, conteúdo, planejamentos, etc., tudo vem da banda em si, isso é um pouco limitante, já que como o homem aranha, a gente tem que ganhar uma grana e investir no projeto de vida da gente que é a banda, então depende apoio da galera de fato nos shows, colar nos eventos, comprar merchandising esse apoio é extremamente importante para qualquer banda na real.


-O single “Bunker” fala sobre o peso da pandemia, certo?! Como foi a composição dessa música e o que ela significa pra vocês?

Alemão- Então, bunker chegou por Pablo Lins, nosso tecladista, durante o começo da pandemia, a gente começou a mexer, Fagundes fez a letra, na época era nosso vocalista/guitarrista, e foi todo um processo a distância, cada um gravou com o equipamento que tinha em casa, guitarra direto na pedaleira, Fagundes gravou voz, pelo celular, foi o nosso primeiro start de tipo “a gente chega em um lugar massa, com os recursos que temos”


-O novo single de vocês é “Ciclo”, como foi a produção e composição deste single?

Alemão – Ciclo é uma música antiga dentro da banda, porém, primeira música com a mudança de vocalista, Valdir castro, como as adições ela foi se tornando algo único para gente, não é muito comercial, mas acredito que funciona para esse nosso momento, voltando com um lançamento, o primeiro de 2023, ela meio que veio para deixar um padrão de como a acervo vai se comunicar nas redes sociais e o que a gente pode entregar para o nosso público.



-O primeiro trabalho de vocês foi o EP “Atordoado” lançado em 2016, comparando com o mais recente lançamento de vocês, qual a evolução que vocês veem no Acervo?

Alemão- Falar do atordoado, é lembrar de quando tínhamos 17/18 anos, estávamos começando a sentir as responsabilidades, etc., hoje sinto que somos mais independentes, não só pela idade, mas pela experiência, acho que estamos mais criativos, “Ciclo” tem vários momentos de expressão que não precisa ser diretamente “dito”, juntando a questão do audiovisual, acredito que esse ponto se eleva ainda mais, então acho que a maturidade realmente é um grande divisor desses dois projetos. E também podemos parar para pensar que enquanto o “Atordoado” a gente falava sobre várias coisas cotidianas, nos últimos lançamentos as músicas foram mais internas, “ciclo” entra muito na perspectiva de mundo de cada um, fazendo esse sentindo da música ser muito particular para cada um que ouve.


-Como é a cena rock/metal aí em Recife? Vemos hoje em dia o cenário nordestino dando uma verdadeira “aula” para o metal brasileiro...

Alemão- A cena recifense é muito rica, temos Nativa preta que é um evento excelente que promove as bandas do metal aqui no recife, tem a Rota independente, Expor Rock, o Rolê, arde maresia, rock na calçada, recife Lo-Fi, mostra cena do burburinho, que já traz outra pagada mais indie/rock alternativo e outros que rolam pela zona da mata que não temos tanto contato. Mas acho que o problema está muito mais na captação de público, fazer a turma que curte o gênero, colar não só para o show da banda do amigo, mas o evento em si, vejo que isso tem começado a rolar mais, e deixa a gente com expectativas boas para os próximos anos.


-Como vocês definiriam a essência da banda? Qual o espírito da Acervo?

Alemão – Acervo é um grupo de amigos, que se apoiam apesar de todas as diferenças, então acho que o maior espirito que a gente pode carregar é que você não está só, quase os guardiões da galáxia versão banda.


-Quais os próximos planos da banda?

Alemão – Temos alguns lançamentos programados para esse ano, estamos com alguns projetos bem interessantes de show, criando e testando bastante conteúdo também, e em 2024 teremos novidades grandes.


-Agradeço pela entrevista, gostaria de deixar esse espaço aberto para vocês mandarem o recado de vocês pra galera!

Alemão – Então, quero agradecer esse espaço aqui no Bloody Mary, sempre massa trocar um pouco essa ideia, queria pedir que se você chegou até aqui, siga a Acervo, temos bastante coisas acontecendo pelas redes sociais da banda, lançamentos para 2023 em andamento, enfim! Valeu demais!!


Siga a banda nas redes e plataformas digitais: https://beacons.ai/acervoband/home


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