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  • Foto do escritorPedro Nogueira

Uma resenha por dia: #5 Destruction-The Least Successful Human Cannonball



Destruction, ou nesse caso Neo-Destruction. Bom quem conhece a banda sabe que a década de 90 não foi a melhor para o grupo alemão, Marcel Schirmer saiu da banda e o thrash metal estava em baixa, então a banda decidiu fazer algo mais experimental já que estavam em uma nova fase. Só que os fãs não abraçaram muito bom a ideia e nem próprio grupo. Eles chamam essa fase de Neo-Destruction e apesar do logo nos encartes estar escrito apenas Destruction, a própria banda deserda esses álbuns, e isso foi motivo suficiente para eu ouvir um deles e tirar minha própria conclusão, no caso eu escolhi The Least Successful Human Cannonball, será que eles leram esse titulo em voz alta antes de escolher? A e olhem essa capa, digam que não é uma das capas mais engraçadas do meio do metal.

Formless, Faceless, Nameless, E O DESTRUCTION SE TORNOU PANTERA, é isso, essa foi minha primeira reação ouvindo essa faixa, mas tem algo que não me soa certo, eu adorei a pegada groove mas tem algo nessa faixa que me desagradou.

Tick On Tree é uma faixa que eu achei poderosa, ela me pegou de um jeito com um riff groovado, técnico e frenético

263 Dead Popes é outra faixa que eu achei matadora e ela em um certo momento segue uma pegada meio Primus indo além do influencia pelo Pantera, mas o que mais me chamou é o titulo e a letra, é um massacre de papas.

Cellar Soul eu gostei muito da direção musical dessa musica, ela começa com uma intro calma de jazz e depois segue com um riff groovado e uma bateria quebrada, mas o que me impressionou foi adição de elementos melódicos no meio de tudo isso.

God Gifted é a faixa que me fez perceber o que estava me incomodando, é um álbum de groove metal, mas técnico e com toque de prog e influencia de jazz, eu gostei do álbum, mas ele soa apenas como uma versão mais sofisticada de Pantera, e nesse momento eu percebi que provavelmente não teria muita variedade nas faixas, e eu preciso comentar a bizarrice que é a letra dessa musica “não existe gatos na bíblia sabia, o hálito de deus é frio quando você está bêbado e longe de casa”, que?

Autoagression apesar de não ter variedade eu gostei dessa faixa mais do que as outras, ela tem compasso mais simples e um ritmo dançante, na maioria do tempo. e eu deveria ter falado isso antes, mas o baixista Christian Engler fez um ótimo trabalho nesse álbum, usando e abusando de Slaps em todas faixas.

Hofffmannn’s Hell uma letra sobre um homem passando pelo inferno mental, é algo que eu realmente gosto, e o instrumental conseguiu passar bem essa vibe, começando com um dedilhado limpo e passando para algo mais distorcido.

Brother Of Cain é sem duvida a faixa pesada desse álbum, ela tem toda uma agressividade que faltava nas outras, acho que ela tem aquilo que na faltava nas outras faixas, e acho que é isso, as outras faixas são boas e eu gostei muito delas, mas elas não tinham a agressividade que eu ouvi nessa.

A Fake Transisiton é um instrumental que dura menos de 1 minuto e é totalmente acústico

Continental Drift 1 foi algo diferenciado ela tem menos de 3 minutos e mais da metade é apenas um canto tribal que vem seguido por uma bateria e quase no final da faixa temos uns riff melódico e pesado seguindo a bateria.

Continental Drift 2 já volta para pegada de Groove metal, só que com a mesma agressividade de Brother of Cain.

The Least Succesful Human Cannonball é um álbum totalmente injustiçado, claro que no inicio eu tive algumas dificuldades para entender o álbum, mas ele traz uma mistura de groove metal e influencias fora do metal e do rock, existe muito elementos de Jazz aqui e ali, mas quando você começa a pegar a ideia, viajar mais no instrumental esse álbum de pega de um jeito que você começa a gostar dele todo. É uma pena que os fãs do Destruction e a própria banda o ignoram pois aqui temos muito potencial e seria muito interessante ver a banda tocar algumas faixas dele ao vivo. Muitos vão me odiar pelo que vou dizer, mas esse álbum é melhor que muitos que foram lançados pós retorno do Marcel Schirmer.



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