Pedro Nogueira
Resenha: Litost-Pathos (2023)

Gostaria de agradecer Pedro Galvão que foi co-autor dessa resenha
Litost é um quarteto espanhol oriundo de Valência, estão na ativa desde 2015 e segundo consta no Metal Archives a banda se define como Black Death Metal. ‘Pathos’ é seu segundo álbum, foi lançado digitalmente pela gravadora catalã ‘Blood Fire Death’.
‘Tromba’ abre o álbum com linhas melódicas de guitarra que poderiam perfeitamente fazer parte de alguma banda de Extreme Power Metal, porém os blast beats (presentes em boa parte desta faixa) e os vocais rasgados matam qualquer intenção que seja distante do Black e Death Metal. Uma curiosidade é que os vocais de Manri lembram um pouco o timbre de Thomas “Tompa” Lindeberg (At The Gates). ‘Espectro’, também inicia com muita fúria, mas a partir de sua metade aposta em passagens mais cadenciadas, diversificadas e técnicas, com presença de guitarras limpas. ‘Vigilante Del Abismo’ é um instrumental com rufadas de bateria típicas de marchas e teclados fazendo as harmonias e melodias para no final criar um clima de tensão. ‘Emboscada’ traz consigo linhas melódicas e agressivas (traduzindo-se perfeitamente numa intenção de fuga) ao mesmo tempo que os riffs soam pesados.
‘Simún’ apesar de apostar na velocidade das palhetadas e do pedal duplo, também soa como uma composição densa. Uma ótima junção entre o Black e o Death Metal (melódico) old school. Logo em seguida, algo não muito comum em álbuns de Heavy Metal: duas faixas instrumentais seguidas. ‘Barjan De Céfiro’ carrega uma textura oriental através da cítara e da percussão, enquanto ‘Vendaval’ é uma música instrumental de Heavy Metal com riffs elaborados, bateria veloz e agressiva que combinam muito bem com seu título. ‘Galerna’ encerra o álbum ‘Pathos’ como um belo resumo do disco: riffs ríspidos, guitarras melódicas e dinâmicas, sem perder o peso típico do Death e Black Metal.
O Litost consegue expor uma sonoridade própria, apostando muito nos blast beats e bumbos duplos, vocais rasgados enfurecidos e passagens instrumentais muito bem trabalhadas e de média duração. Uma ótima descoberta para quem procura bandas novas e com identidade musical bem definida.
Litost – “Pathos” (Album/2023)
01. Tromba
02. Espectro
03. Vigilante del abismo
04. Emboscada
05. Simún
06. Barján de Céfiro
07. Vendaval
08. Galerna