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  • Foto do escritorPedro Nogueira

Cattle Decaptation faz um trabalho surpreendente em Terrasite.



O Cattle Decaptation tem dado o que falar nas últimas semanas no meio do metal extremo, tudo isso por conta do novo álbum “Terrasite”, desde a noticia do lançamento do novo álbum, a banda virou motivo de discussões entre os fãs, principalmente por conta da sonoridade ter se afastado da ideia inicial da banda, deixando de ser algo direto com influência do grindcore para algo mais moderno e cada vez mais complexo com elementos de prog metal, alguns fãs ainda alegam que a banda se vendeu e rendeu para tendencia do Deathcore.


Mas será que álbum é motivo de tanta polemica assim, confiram a resenha do nosso site.


Terrastic Adptation tem introdução dedilhada com base pesada, blast beat e riff pesado seguido e gritos agudos estilo black metal, verso passa de riff groovado para algo mais tremolo e com blast beat, riffs melódicos a primeira faixa já e cheia de surpresa com mudanças, é muita informação para digerir em uma faixa de abertura.

We Eat Our Young contém mesma brutalidade e violência sonora que a faixa anterior, mas de uma forma mais crua e direta, mas mesmo assim bem arquitetada com mudanças passando bruscamente do black metal mais extremo para o riff mais goovado estilo sepultura no Chaos A.D.

Scourge Of The Offspring já traz de início um riff mais complexo seguindo um compasso mais quebrado, algo mais do prog metal, e é absurdo como essa faixa passa para algo ainda mais melódico durante o refrão

The Insignifcants é bem mais crua, ainda tem mudanças na parte instrumental, mas comparada com as anteriores ela é bem mais sólida que as outras, mas essa é a primeira do álbum a trazer vocais limpos.

The Storm Upstairs começa com uma pedrada com bastante groove e ao mesmo tempo com brutalidade do metal extremo, sendo uma boa formula, na metade da faixa existe uma quebra de ritmo indo para algo mais arrastado na pegada de Doom Metal, com uma guitarra fazendo base em notas mais graves enquanto uma segunda guitarra dá um toque atmosférico com notas altas.

...And The World Will Go On Without You, bom aqui senti um riff de introdução com pegada mais thrash metal lembrando Harvester Of Sorrow do Metallica, mas com uma bateria fazendo compasso na pegada mais prog metal, mas de uma hora para outra a música segue algo mais death metal anos 90 com uma pegada estilo Deicide.

A Photic Doom, aqui as surpresas acabaram, acho que nesse ponto o Cattle Decaptation não tem como surpreender mais. A faixa segue mesma pegada que as anteriores, com alguns momentos de vocais limpos.

Dead End Residents e Solstagia são duas faixas excelentes e solidas, sem surpresas, seguindo mesmo molde da faixa anterior.

Just Another Body é a faixa mais longa do álbum, ela é uma mistura de tudo que foi ouvido anteriormente em uma única faixa, introdução calma e tranquila, mas que ao pouco vai ficando cada vez mais pesada, mas o ponto alto da faixa é os 3 minutos finais quando a musica vai ficando cada vez mais melancólica e Travis utiliza vocal limpo cantando os trechos mais niilistas da letra, dando um gosto amargo e depressivo para encerramento de um brilhante álbum.


Distanciamento do Grindcore.

Bom, é inegável que o Cattle Decaptation mostrou estar distante da ideia sonora de seus primeiros álbuns, ao invés de fazerem músicas com mais menos de 2 minutos de duração eles mudaram para algo mais elaborado, e sim alguns momentos temos passagens que influenciadas pelo Deathcore, breakdowns, vocais agudos, riffs melódicos e afinações extremamente baixas, mas isso não significa que a banda tenha se vendido, apenas se renovando, e também não faz o álbum ser automaticamente ruim. Claro cada um tem seu gosto, se Terrasite não te agradou, ainda existem os álbuns anteriores como “Human Jerky” ou “Humanure”.

É muito louvável que eles tentem fazer algo novo e diferente do que já foi feito antes ao invés de estarem lançando os mesmo álbum sempre, presos em uma zona de conforto e tendo uma discografia repetitiva.






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