Pedro Nogueira
Uma resenha por dia: #3 Iron Maiden-Virtual XI

Está no ar mais uma resenha do mês de abril. E o álbum de hoje é Virtual XI do Iron Maiden. Bom eu escolhi esse álbum por um motivo pessoal, eu tenho um problema com ele. Quando eu tinha 12 anos uma das minhas bandas favoritas era o Iron Maiden, na verdade teve uma período que eu só ouvia Iron, e um dia eu decidi que queria comprar um CD da banda. Na primeira oportunidade que tive de ir numa loja eu não hesitei de procurar por todas as prateleiras, e o único que achei foi esse. Na época eu já sabia que tinha dois álbuns que foram gravados com um vocalista que estava substituindo Bruce Dickinson e que essa fase não foi muita bem aceita, eu só não sabia quais álbuns eram, quando eu abri o encarte e vi que Virtual era um deles eu tive sensação que tinha cometido um erro. Bom eu nunca consegui terminar de ouvir esse álbum, e eu nunca dei muita atenção pra ele, diferente do X Factor que eu já gostei bastante desde a primeira vez que ouvi. Então decidi usar esse quadro para terminar algo que comecei mais de 10 anos atrás. A e eu preciso falar sobre a capa, olhem a capa, é uma das capas mais f***as que eu já vi.
Futureal é uma faixa que eu gosto e defendo, ela é curta e direta que me lembra os primórdios do Iron Maiden, até então quando ouvi pela primeira vez eu pensei “olha até que o álbum não é ruim”, coitado do jovem eu que ainda não sabia o que estava por vim.
The Angel and The Gambler é quando a m***da atinge o ventilador, serei honesto a música em si não é tão ruim, eles tentaram fazer algo mais rock ‘n’ roll anos 60/70, eles fizeram isso no Fear Of The Dark, mas o problema é que essa faixa dura mais do que devia, ela reprisa o refrão várias e várias vezes, se essa música tivesse só 5 minutos de duração, ela seria considerado um possível clássico, mas não ela tem quase 10 minutos de duração, e isso só pra repetir o refrão em vários formatos diferente. De verdade eu gosto da temática abordada aqui, vicio em jogos de azar é algo sério, sem piadas.
Ligthtning Strike Twice, bom a m**da fica menos fedida aqui, ela segue aquele padrão do Iron Maiden fazer uma música mais calma com baixo dedilhado de introdução e etc, uma formula que eles repetem em quase todos álbuns. E boom, de uma hora pra outra temos uma mudança no ritmo na musica, ela entra pra pegada mais heavy e cara, quando essa musica chega no refrão ela te pega de jeito, na minha opinião essa faixa é um clássico e eu adoraria ver ela ao vivo, e vamos para uma reflexão, uma música que tem um refrão bom, mudança de ritmos e pegada tem menos de 5 minutos de duração, e uma faixa com refrão repetitivo tem quase 10.
Mas falando em clássico, temos uma absoluto nesse álbum, é The Clansman, cara o riff dessa musica sempre me leva volta para o passado quando eu ouvia Iron Maiden e jogava Shadow Of The Colossus com meus amigos, e de verdade ela é uma ótima música, ela 9 minutos exatos, mas ela é bem trabalhado, ela começa calma durante os dois primeiros versos e “FREEEEDOOOOOM”, aqui temos o Iron Maiden que conhecemos. A letra é curta para uma musica com essa duração, logico que alguns trechos serão repetidos por um bom tempo, mas a progressão da música muda, velocidade, aqui e ali, uma quebra e calmaria depois e retorno explosivo, sem contar os fraseados chicletes, cada um diferente do outro o que faz a música não ser enjoativa. Outro motivo deu gostar muito dessa música é que “Coração Valente” é um dos meus filmes favoritos.
When Two Worlds Colides sempre foi uma faixa que eu ignorava, e bom, ela não é uma faixa ruim, na verdade ele segue uma linha de melodias bem melancólicas em alguns momentos, mas ela também dura mais do que deveria.
Na música Educated Fool eu entendi um dos motivos das pessoas não gostarem muito desse álbum, ele começa soar repetitivo em algumas formulas, parece que introdução de todas as faixas são parecidas, mas muitos falam de como Iron Maiden começou soar repetitivo nos anos 1990. E essa faixa também não é la das melhores, a pesar de achar a letra interessante, falando sobre uma pessoa que quer explorar mais e mais o mundo e sempre adquirir conhecimento.
Don’t Look In The Eyes Of The Stranger exigiu muita paciência, eu achava The Angel And The Gambler repetitiva até eu ouvir essa faixa com mais detalhe para essa resenha, e pra falar verdade, acho que mesmo se ela fosse mais curta eu ia achar essa musica chata, acho que ela só entrou no álbum para ter bastante material. A falta de criatividade dessa faixa fez eu sofrer de falta de criatividade para fazer alguma piada e insulta-la.
Como estais amigo, é acho que eles tiveram consciência da faixa anterior ser tão ruim que eles precisaram arriscar um português e perguntar como as pessoas estão se sentindo. O único problema dessa faia é que ela é muito triste e melancólica para fechar um álbum, ela não é ruim, eu gostei dela, mas encerrar com uma música com melodia tão triste e com uma letra que fala de luto ela deixa o ânimo la pra baixo, tão pra baixo que não Naldo consegue deixar o clima la pro alto. Essa foi a ultima piada ruim dessa resenha.
Bom temos 4 músicas boas, 3 mais ou menos e 1 totalmente descartável, não é um numero tão ruim, resenhei piores para esse quadro, mas como eu disse, se fosse algumas musicas fossem mais curtas ouvir Virutal XI seria uma experiencia melhor, ou melhor se fosse um EP, mas o Iron Maiden estava no ápice, os fãs e a gravadora não iriam aceitar só um EP, não tinha que ser um álbum inteiro.