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  • Foto do escritorPedro Nogueira

Trends Conference Brasil confiram alguns detalhes da primeira edição em São Paulo



Trends Brasil Conference nasceu em 2016 no Rio De Janeiro com intuito de ajudar artistas e trabalhadores da área musical, sejam eles músicos, produtores, agentes ou CEOs de gravadoras. De acordo com a curadora e fundadora do Trends Brasil Luciana Pegorer, no Brasil existe uma carência e falta de atenção na musica brasileira, onde muitos que compõem esse mercado não conseguem acompanhar as mudanças constantes da área. Nesse ano de 2023 com a ajuda e apoio de Cris Rizo, diretora artística da rockfm Brasil, a primeira edição do evento em terras paulistas que ocorrerão nos dias 11, 12 e 13 de abril.

No dia 20 de março ocorreu uma coletiva de imprensa no Red Star Studios, a qual o canal Bloody Mary teve participação e oportunidade de conhecer mais os trabalhos de alguns convidados que irão participar do evento e também sobre os assuntos que serão debatidos.

Kaka Schwartzmann apresentadora do Drops e entrevistadora da Tour rock Brasil viaja por todo o país com intenção de entrar para o guines por entrevistar 1000 bandas. Ela sozinha faz todo o processo, desde a entrevista até edição, e já tem 700 entrevistas realizadas, mas ela mesma esclareceu que nem todas ainda foram ao ar. Kaka também complementou que além das entrevistas ela sempre está a procura de novos talentos e disse que um dos maiores problemas no cenário musical é falta de preparo dos músicos para integrar no mercado, desde de não saber como divulgar o trabalho até como registrar uma música, no evento de Music Trends Brasil ela irá fazer workshop para ajudar os artistas e tirar todas essas duvidas que dificultam os seus trabalhos.

Perguntei sobre bandas que estão sempre tentando copiar algo já existente, que é algo muito recorrente no metal, bandas que escutam apenas os mesmos 3 álbuns do Slayer e acabam imitando a formula da banda, e ela respondeu dizendo, “Isso acontece com direto, eu estava no Rio Grande do Sul e lá muitas bandas tentam imitar Cachorro Grande e TNT”. Régis Tadeu ainda acrescentou “Influencia é uma coisa, mas a sua identidade musical vai ser feita colocando todas as suas influências musicais de diferentes estilos e misturar em um liquidificador”


Régis Tadeu irá falar sobre Chat GPT, a I.A. (Inteligência Artificial) que também poderá ser usada para composição musical. Régis levantou a seguinte questão sobre assunto “Quantos irão perder com isso?”, pois de acordo com o crítico isso pode esvaziar o trabalho de compositores, e como as empresas que irão utilizar a I.A. para não terem que pagar direitos autorais e compositores de músicas que podem serem usadas em comerciais. Régis ainda ressalta que isso pode diminuir ainda mais a capacidade de criatividade das futuras gerações.

Marcela Godoy outra convidada que irá participar do Trends Music Brasil adiciona que o processo de criação da I.A. é baseado em dados já existentes e que muitas das composições podem ser feitas a base de plágio de outros artistas.

Godoy é diretora do ASSIM (Associação de Interpretes e Músicos) que foi fundada por Elis Regina em 1978, ela e seu irmão Marcelo conduzem o trabalho da associação que é voltado mais para criação musical, ela também pontua que as associações acompanham o crescimento e a cultura musical brasileira e que conquistaram vitórias para indústria da música, gravadoras e artistas. Marcela será palestrante no dia 13 de abril abordando o tema “Desafio de gestão coletiva em tempos de streaming e inovação”

Dr. Roberto Mello advogado, diretor geral da ABRAMUS (Associação Brasileira de Musica e Artes), também diretor da ABDA (Associação Brasileira de Direto Autoral) e participa da Comissão de Propriedade Intelectual da Secção de São Paulo Da Ordem dos Advogados Brasil. Mello crava pelo luta dos direitos de artistas, para que eles recebam os direitos e não sejam explorados, ele ainda afirma sobre a importância da documentação das obras criada pelos artistas. O advogado também aponta que atualmente existe uma vantagem que muitos artistas não dependem mais de gravadoras que antes continham direitos das obras e lucravam em cima do trabalho dos músicos, mas que ainda assim existem muitas outros direitos que precisam ser conquistados para que artistas recebam de forma correta por seus trabalhos, um deles é fato de que ainda existem muitas brechas que atropelam as leis de direitos autorais no Brasil. Mello ainda ressalta que essa cobrança não é para prejudicar o consumidor da arte, mas sim de pessoas e empresas que geram lucros usando trabalho de outros artistas.

Bom, todos esses assuntos serão falados com mais detalhes no evento de abril, então não percam a primeira edição do Trends Brasil Conference.

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