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  • Foto do escritorMari Goé

The Ogre: "Acho que hoje em dia deixo fluir e sempre tento fazer algo de diferente musicalmente"


-Vamos começar falando sobre o comecinho do projeto. Como começou o The Ogre? De onde surgiu a ideia de iniciar uma one-man band?

Diogo Marins - Com o fim da minha banda anterior, tentei juntar uma galera para montar um projeto novo, mas devido a dificuldade de achar músicos com gosto parecido e vontade de tocar som próprio, comecei a gravar sozinho as minhas ideias para não perder as músicas. Aos poucos fui buscando softwares que me ajudassem a chegar em um resultado bom e acabei gravando meu primeiro disco.


-Até agora, quais foram/são as maiores dificuldades de ter uma one man band? Quais são seus maiores desafios na cena?

Diogo - Achar músicos com vontade de tocar. Mas ainda bem que agora estamos numa formação mais estável. Fora isso tem um certo preconceito de algumas pessoas “o cara grava tudo sozinho não é banda” mas dane-se, não quer ouvir, não ouve.


-Fica notável que a banda não se prende a rótulos musicais, mesmo tendo influencias de death e black metal, você não parece colocar limitações nas próprias músicas. Quais são as suas maiores influências na hora de compor?

Diogo - Sempre tive influências das bandas clássicas como Iron Maiden, Judas, Motorhead, etc. Mas acho que hoje em dia deixo fluir e sempre tento fazer algo de diferente musicalmente. As minhas influências podem vir de qualquer lugar. Trilha sonora de filmes, jogos de vídeo game, livros, tudo que passa um sentimento interessante eu guardo para uma possível música ou até um riff de passagem.


-Você lançou recentemente o novo álbum “Aeon Zero”, conte a história desse álbum. Quando começou, como foi a produção, e se a pandemia atrapalhou alguma coisa neste processo.

Diogo - Sempre vou gravando os discos aos poucos, demoro mais ou menos um ano para compor e gravar tudo. Com o “Aeon Zero” o processo é o mesmo, no entanto o que muda de um disco para o outro é o equipamento, sempre tento coisas diferentes para não ficar com o mesmo som e passar uma atmosfera diferente. Sempre tento músicas diferentes também, no anterior teve a “Vermin” que é bem nada a ver com as outras e no “Aeon Zero” acho que a “Mountain Of The Cannibal God” também tem um pouco disso. Quando terminei o “Entity” (álbum anterior), já comecei a rabiscar algumas ideias e juntando alguns objetivos que tinha com o “Aeon Zero”, explorar alguns sons diferentes. Por exemplo, na música “Datadeity” usei alguns elementos de synthwave que gosto muito para criar um ambiente cibernético, mas sempre mantendo o peso e o metal na cara.

-A capa do “Aeon Zero” também é muito interessante, quem é o artista por trás da capa e como foi a concepção da arte?

Diogo - Eu faço tudo, componho todas as músicas e crio as artes também. Cheguei a conversar com o Travis Smith (Seempieces) referente a capa deste álbum, mas no fim decidi economizar a grana e manter o processo todo de minha autoria que fica mais fiel ao o que estou tentando mostrar ao ouvinte.


-Qual a diferença de “Aeon Zero” para seus álbuns anteriores?

Diogo - Sempre busco ideias diferentes, nunca tento replicar o que já fiz, inclusive nas artes, por isso que demoro tanto para gravar. Músicas como “The Horrible” ou “Crawling Chaos Underground” têm levadas diferentes e são mais “diretas” sem muitas passagens que as vezes gosto de levar o ouvinte para lugares não esperados como o final da “We Ride With Demons” é totalmente diferente do começo, mais viagem. Temos a “Forgotten Mills” que é uma música que já tenho faz alguns anos, decidi por nesse disco porque também tem uma estrutura bem diferente, a música entra mais como pano de fundo para a letra sem tirar sua importância, claro.


-Qual dica você daria para quem também deseja ter uma one-man band?

Diogo - Hoje em dia está muito mais fácil de quando eu comecei, hoje você consegue gravar tudo em casa e se você tem vontade de mostrar sua música para o mundo está bem aí na sua frente. Mete a cara e vai pra cima.

-Quais os próximos planos da banda?

Diogo - Clipe, EP ao vivo e ano que vem disco novo. O clipe novo já está disponível em nosso canal no Youtube e é para a música “Crawling Chaos Underground”.


-Estamos finalizando a entrevista, gostaria de mandar um recado pra galera?

Diogo - Se você curtir minhas músicas e quiser trocar ideia ou me perguntar alguma coisa fique a vontade pra mandar mensagem pelas minhas redes sociais que responderei com o maior prazer. ROCK ON BROTHERS!

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