Renan Soares
Resenha: Carttada - Recharged (2022)

Confesso que eu normalmente sou o tipo de cara que tem ranço de bandas que se baseiam, quase por completo, do estilo, visual e estética de nomes clássicos para fazer o seu próprio material autoral, soando quase como uma banda cover. Um exemplo prático disso é a relação do Greta Van Fleet com o Led Zeppelin.
Bom, mas no caso de hoje, devo levar em consideração que o Carttada nasceu como uma banda cover do Motörhead, e que ao longo de sua caminhada eles decidiram começar a fazer seu próprio som autoral. Então, é natural que eles queiram manter toda a estética e sonoridade, mudando só o nome, que antes era Motörbastards.
Com isso, a banda paranaense trouxe a público o seu primeiro álbum intitulado "Recharged", trazendo um som bem típico do Motörhead, não apenas na instrumentalização como também no vocal no mesmo estilo que era feito pelo saudoso Lemmy Killmister.
E toda qualidade na parte de pós-produção ajudou a acentuar ainda mais o peso das músicas, sendo o tipo de som bastante instigante, principalmente para aqueles que sentem falta do Motörhead.
Mas, para não dizer que não há nada de novo nesse trabalho, foi interessante ouvir toda essa sonoridade do clássico trio britânico com letras em português, nas faixas "Mina de Tamandaré" e "Espelho Quebrado", tendo a segunda puxado a sonoridade para um Blues, coisa que Lemmy e companhia também faziam.
Sendo assim, se você procura aquele Rock n Roll rápido, furioso e saudosista, certamente o Carttada entrega exatamente aquilo que você procura.
TRACKLIST
01 When The Devil Comes 02 The Dance 03 Look Twice 04 Mina de Tamandaré 05 We Are Bastards 06 Nightmare 07 Bad Reputation 08 Espelho Quebrado 09 Beer Thirty