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  • Foto do escritorMari Goé

Entrevista Sophie’s Threat: "Queremos fazer um som honesto e livre de amarras"


Foto por Michel Villares

Achei o nome da banda muito interessante, conte a história por trás da escolha do nome e como ele se relaciona com a identidade da banda também.

Tiago Carteano: Olá! Primeiro gostaríamos de agradecer a oportunidade de falar um pouco sobre nosso trabalho como banda. Então o nome veio de uma entrevista feita por um robô Chinês, chamado (no feminino) Sophia, onde no fim perguntaram para ‘ela’ se ela gostaria de destruir a humanidade, e a resposta dela foi sim. Daí surgiu a ideia para o nome. Como a pronúncia Sophie soou melhor que Sophia, então resolvemos deixar Sophie’s Threat mesmo, que na tradução literal ficaria ‘Ameaça de Sofia’ o que tem tudo haver com a banda, pois tratamos de assuntos mais atuais, mais relevantes para a sociedade de hoje como um todo.


E a banda é relativamente nova, formada em 2021. Como foi para vocês iniciarem uma banda no meio da pandemia? Com tudo começou?

Tiago Carteano: Nós nos conhecemos através de um site para músicos. Eu, Ricardo e a Bruna (antiga vocalista), começamos a conversar, falar a respeito de música e as influências de cada um. No início, a ideia de formar uma banda era mais para um hobby, tipo vamos ver o que vai dar, no entanto, conforme foram surgindo as primeiras composições vimos que as músicas possuíam muito potencial passando da esfera ‘além de um passa tempo’. Foi quando as coisas começaram a ficar mais sérias, a princípio não fazíamos muitos ensaios então usávamos a Internet para compor, conforme a Covid-19 ia dando uma trégua a gente aos poucos retomava os ensaios. Nesse tempo até mesmo durante a gravação da Infernal, acabamos contraindo o vírus e isso fez atrasar pouco mais a gravação e o lançamento do nosso primeiro single. No fim deu tudo certo e o lançamento da Infernal Manipulation foi um sucesso, claro... para uma banda que está nascendo agora, quem ouviu adorou a música, sua energia brutal realmente contagia.


O primeiro lançamento de vocês foi o single “Infernal Manipulation”, que carrega um conceito pesado com relação ao momento atual da sociedade com a tecnologia. Qual o conceito dessa música?

Tiago Carteano: A música fala sobre como por meio da tecnologia, nós somos manipulados, para ficarmos cada vez mais conectados e consumistas. Vivemos em um mundo extremamente competitivo e isso acaba infectando as redes sociais e mídias, onde todos querem parecer melhores e mais felizes. Mas no fundo é uma vida de aparências.


“Suicidal God” também passa uma mensagem pesada sobre a sociedade. Como que rolou a composição dessa música?

Tiago Carteano: Já na Suicidal god tratamos sobre um tema bem recorrente atualmente, e levantamos a seguinte enganação: Até que ponto a sociedade é responsável pelo surgimento dessas escórias humanidade? Assassinos, psicopatas que já nascem com um certo distúrbios psicológicos, no entanto geralmente o meio onde vive contribui para o agravamento da psicopatia. Tomamos como exemplo o assassino Joseph Kallinger, que teve uma infância conturbada, além disso também sorria de esquizofrenia, em uma entrevista ele disse que vozes sua cabeça dizia para ele matar milhões de pessoas, depois ele deveria se matar para se tornar um Deus, daí veio a ideia para o nome da música que quer dizer o deus suicida. Não podemos deixar de citar também o famoso assassino canibal Jeffrey Dahmer que também teve uma infância conturbada, sua mãe fez abuso de medicamentos em sua gestação e além disso seu pai era extremamente ausente, isso fez com que Jeffrey desenvolve-se medo tremendo do abandono, isso somado a sua condição mental acabou tornando-se uma combinação mortal.



A banda passou por algumas mudanças na formação. A entrada de novos integrantes agregou na criação de novas influências ou conceitos?

Tiago Carteano: Sim, quando mudamos a formação da banda já tínhamos duas músicas com seus instrumentais já gravados, eles foram feitos e pensados para acompanhar a melodia de voz feita pela antiga vocalista, foi desafio criar uma nova métrica em cima do que já havia sido registrado. Na música Suicidal God resolvemos manter o mesmo tema, pois ela tinha sido construída para este assunto, já na próxima música (Aviso de spoiler) Speking of the devil que ainda será lançada, deixamos o tema livre para a Malu trabalhar como quiser. Nos dois casos nossa nova vocalista mandou muito bem, seu vocal possui tessituras de grave, médio e agudo com maiores alcances. Isso fez com que a melodia ficasse muito mais interessante, tivemos uma grande ajuda do nosso produtor Michel Vilares para encaixar essa nova métrica nas músicas, no fim o resultado foi esse que vocês puderam acompanhar em Suicidal God, que ficou muito acima do que esperávamos, graças aos talentos e empenho de todos os envolvidos.


Vocês estão na produção do primeiro EP de vocês, o que pode nos adiantar? Ele segue algum conceito específico? Tem previsão de lançamento?

Tiago Carteano: Sim, na verdade vamos continuar lançando os singles e depois de tudo já nas plataformas, faremos um compilado e lançaremos algo no formato físico também, resolvemos fazer dessa forma, pois como a banda ainda é nova podemos trabalhar o marketing de cada música separadamente isso trás mais visibilidade para o nosso trabalho. Porém fazendo dessa forma não conseguimos fazer algo mais conceitual pois cada música terá seu próprio enredo, contudo sem fugir dos temas atuais que a banda se propôs a tratar.


Quais são os próximos planos da banda?

Tiago Carteano: Estamos trabalhando afinco na composição e lançamento de nossas músicas, estamos loucos para começarmos a nos apresentar, no entanto, para que isso aconteça, precisamos de um tempo razoável no palco, e isso depende de quantas músicas teremos, uma coisa depende da outra sabe? Em paralelo disso estamos trabalhando no clipe da Suicidal God, será um trabalho totalmente independente, nós mesmos colocaremos a mão na massa, será desafio e tanto, porém a banda está unida e podem ter certeza de que entregaremos um vídeo clipe a altura do que nossa música pede.


Estamos finalizando a entrevista, gostaria de mandar um recado para a galera?

Tiago Carteano: Não temos a pretensão de fazer nada inovador, queremos fazer um som honesto e livre de amarras. Levantamos a bandeira do Death e do Thrash moderno, porém sem ficarmos presos a moldes, queremos cativar o público que se identifique com o nosso trabalho, pretendemos nos apresentar com o mesmo profissionalismo de bandas já consagradas, sem deixar de lado todo o carisma, técnica e agressividade que o heavy metal exige. Nos acompanhem nas redes sociais, instagram, facebook e YouTube, logo mais teremos novidades, um abraço a todos.


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