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Entrevista Anguere: "O ANGUERE vem pra tocar o terror, pra ilustrar a realidade do mundo"

Na ativa desde 2008, a banda ANGUERE traz um repertório violento buscando fazer uma junção de algumas características da música brasileira com vários estilos da música pesada, executando um som raivoso e agressivo.


"Descrença" é o mais novo full álbum lançado pela banda e vêm com força e críticas mais do que necessárias para a sociedade.

Confiram uma entrevista exclusiva com a banda, contando com mais detalhes sobre o álbum, cenário musical e muito mais!



-Vamos falar sobre "Descrença", como foi a produção dele? Quando e como tudo começou?


R: A produção do DESCRENÇA, foi um trabalho árduo de quase um ano, pensamos em um Full álbum agressivo e cadenciado, gravamos no Estúdio Grama Records e mixagem e produção com o Fuzza, contamos também com a parceria da produção Refugio Cultural e Estúdio Katharsis em uma das faixas! Tudo começou no auge da pandemia, muita banda tentando lutar em se manter ativo no cenário, infelizmente muitas acabou por finalizar seus trabalhos, resolvemos aproveitar que estávamos todos em resguardo e começar a compor algo novo, experimentar novas sonoridades e assim criar algo único do qual a banda não tinha feito ainda. Neste tempo de composição e gravação contamos com a participação do Ricardo Santos (Magrello) no baixo que por fim entendeu e o entrosamento foi espetacular, no qual se juntou como membro oficial. Nisso saiu o álbum “DESCRENÇA” de forma natural e extremamente focado na dedicação e esforço, genuinamente um Full álbum novo em todos os aspectos. (Pedro Amaro/Baterista)


-As letras de vocês sempre foram um soco no ouvido, em especial "Truculência". Com críticas atuais e mais do que necessárias. Fale um pouco sobre o processo de composição de vocês, de onde vem as influências para as letras..

R: Sobre as letras, a intenção é unir as reinvindicações, está ruim pra você que luta por um segmento, está ruim pra ele, está ruim pra geral! Então nas letras eu falo sobre tudo, falo sobre o que afeta os mais vulneráveis, o que nos deixam a margem da sociedade e vistos como delinquentes! Eu moro em periferia, falta segurança nas escolas, falta respeito do poder publico! As minhas influencias de letras são apenas a realidade que vivo e que presencio! Truculência, não é só sobre violência policial, é sobre racismo, é sobre cultura da violência em todos os sentidos! (Thiago Soares/Vocalista)



-Esse foi o primeiro trabalho com o novo baixista, não foi?! O Magrello trouxe alguma nova influência ou ponto de vista para o som?


R: Sim, esse foi o primeiro trabalho com o Ricardo Santos (Magrello)! Era para ser só uma participação, mas o cara chegou e representou na gravação! Além de um ótimo músico ele também é uma simplicidade de pessoa, ele acrescentou bastante peso no ANGUERE com suas linhas de baixo. O Pedrão já havia tocado com ele, a cozinha do inferno estava formada então ficou bem fácil o trabalho pra mim no ponto de vista guitarristico (assim dizendo), deixou nosso trabalho mais preenchido musicalmente. (Cleber Roccon/Guitarra)


-Pra vocês, quais as principais diferenças entre esse álbum e os anteriores?


R: Bom, existem varias diferenças e alguns fatores que implicam diretamente nesse nosso novo full álbum, por exemplo; a formação é diferente, influencias da nova formação, dedicação que a nova formação trouxe! Para o “DESCRENÇA” tivemos um tempo maior e mais tranquilo para realizar as gravações (devido a pandemia), tivemos um pessoal mais dedicado na gravação e também na produção de mixagem e masterização! Investimos uma grana maior nesse novo álbum! As vezes pessoal fala de grana né, mas cara, grana te leva ao pessoal mais profissional, um trabalho mais coeso, porem o suor para pagar é mais forte! Então essas diferenças fizeram a diferença! (Thiago Soares/Vocalista)


-Vocês são uma banda ativa desde 2008 e sempre foram muito presentes na cena. Como foi a pandemia pra vocês? Como vocês lidaram (e ainda estão lidando) com a paralisação?


R: A pandemia foi difícil, não somente para o ANGUERE, mas também para outras bandas, principalmente as bandas do cenário independente, que "não tiveram pra onde correr" e infelizmente, algumas delas chegaram ao fim. Neste mesmo período o ANGUERE se moveu, e realizou parte da composição do disco “DESCRENÇA”, hoje disponível em todas as plataformas de streaming. Fomos ao estúdio para fazer as gravações, e também usamos o tempo "ocioso" para gravar um novo vídeo clipe, intitulado Truculência, faixa do novo disco. Ainda pudemos nos apresentar em uma live, realizada dentro de todos os parâmetros estabelecidos pela Secretaria de Vigilância Sanitária e também da Secretaria de Saúde Pública da cidade de Araras-SP, (vídeo e imagens disponíveis no YouTube pelo canal da banda). E por fim, estamos produzindo um novo vídeo clipe oficial, música que também está no nosso novo álbum “DESCRENÇA”. Então fiquem ligados que vem coisa nova por ai. Apesar de todo prejuízo que a pandemia trouxe, e de toda a readaptação para o "novo normal", o ANGUERE não ficou parado, geramos conteúdo, respeitando sempre, tudo o que aconteceu ao longo deste triste período. (Ricardo Santos/Baixista)


-Quais as expectativas para o próximo ano? Já tem algum evento/Show marcado?


R: Nós do ANGUERE temos muita esperança em que no próximo ano as coisas, principalmente sobre a pandemia, tenham um final; onde as bandas possam retornar a cena e as casas de shows possam reabrir... Mas por mais que estamos esperançosos, ainda sim respeitamos nossa saúde, de nossas famílias e de todos ao nosso redor, portanto sim, existe o interesse de alguns lugares, tanto do ANGUERE e tanto para contratantes, vamos continuar no aguardo do aval da saúde até para segurança dos nossos seguidores, mas acreditamos que em breve estaremos todos juntos novamente.... (Pedro Amaro/Baterista)



-Quais marcas vocês acham que a pandemia deixará no cenário independente do metal?


R: Acreditamos sempre na crescente que o metal e a cena independente tiveram ao longo dos anos, claro, todos nos vimos e vivenciamos uma queda livre, tudo mudando de repente. O ANGUERE acredita que a retomada será ainda mais foda, tatuada esta marca indesejada que a pandemia nos deixou. A cena é rica de cultura e de bons músicos (artistas no geral) de pessoas que querem transformar, que querem levar seu som cada vez mais longe, e isso fortalece cada vez mais. Vida longa ao Metal ao HardCore, a cena independente, a música, a arte, a cultura, e a toda essa paixão que expressamos dia após dia. (Ricardo Santos/Baixista)


-E qual a essência da banda? Como vocês definiriam o espírito da Anguere?


R: O ANGUERE vem pra tocar o terror, porrada sem frescura papo reto, tijolada sonora, apontando e ilustrando o que há de real nessa porra de mundo, realidade do dia a dia, sem massagem, vivemos nas ruas e não atrás de uma mesa de internet!

Com o máximo de respeito, humildade e amizade, sem lamber bolas, como diria o Tom Zé “Eu não vim explicar, eu vim pra confundir"! Nesse conceito vamos seguindo perturbando e assombrando a cena underground worldwide. (Cleber Roccon/Guitarra)


-Obrigada pela entrevista. Gostariam de deixar um recado para a galera?


R: Primeiro queremos agradecer a oportunidade dessa entrevista, agradecer a todos que são responsáveis pelo canal Bloody Mary, a todo pessoal que nos acompanha e nossas famílias!

Quero agradecer aos fãs que estão dando uma força na compra do nosso novo full álbum o “DESCRENÇA”, e dizer que sem vocês não somos nada! O ANGUERE promete que se tudo estiver bem em 2022, vamos Meter o Loko Worlwide! (TODOS)


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