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  • Foto do escritorRenan Soares

Dead Fish: confiram a resenha do segundo show realizado em Recife


No último dia 11 de junho, o Dead Fish, um dos maiores nomes do Hardcore Melódico brasileiro, que ganhou notoriedade na MTV no início dos anos 2000, aterrisou na capital pernambucana para realizar dois shows em um único dia no Estelita Bar, localizado no bairro do Cabanga, zona sul do Recife, com o intuito de celebrar seus 31 anos de carreira.


Na ocasião, a banda capixaba realizou primeiramente uma apresentação no período da tarde com um repertório especial montado pelos fãs, tocando músicas dos álbuns "Zero e Um" (2004), "Sonho Médio" (1999) e "Contra Todos" (2009), tendo a abertura da banda recifense Dillema. E segundamente, o grupo fez um show no período da noite com ingressos esgotados, apresentando o repertório geral da turnê "30 mais 1", tendo a também recifense The Haze como atração de abertura.


Mas, ressalto aqui que a resenha de hoje será apenas referente a sessão da noite, que também contou com a The Haze. Infelizmente, não foi possível estarmos presente na sessão ocorrida no período da tarde.


Antes de iniciarmos, vale ressaltar que ao contrário do que ocorreu no evento do Belphegor, Nervochaos, Krisiun e Crypta, não houve nenhuma dor de cabeça na entrada do público do Estelita. A casa conseguiu abrir os portões antes do previsto, o público entrou no local tranquilamente e todos os horários foram cumpridos a risca, como vocês vão perceber ao longo do texto.


Com isso, pontualmente às 22:30, a banda The Haze subiu ao palco diante de um Estelita bastante cheio soltando seu som autoral, que hora soava como Grunge, e hora como Punk Rock (ou uma junção dos dois).



A banda, que já tem mais de 20 anos de estrada, conseguiu apresentar um setlist bem extenso mesmo com o curto tempo de apresentação que tinham, mantendo um som bem padrão do Grunge dos anos 90.


Apesar da banda já ser bem experiente, me pareceu que o vocalista estava um pouco inseguro, tanto na hora de cantar quanto na hora de falar com a plateia, parecendo até que faltava empolgação da parte dele.



De qualquer forma, sonoramente a banda estava bem alinhada, e no público percebia-se bastante pessoas, principalmente nas primeiras fileiras, que conheciam a banda e cantaram junto com eles. A única coisa que faltou foi um bom mosh pit, mesmo tendo faixas com a brecha perfeita para um.





SETLIST


01 Way To Live 02 Wasted Times 03 I Wish I Could Help You 04 Only In Pictures 05 So Many Faces 06 Dead Roses 07 Don't Be Afraid 08 You Were My Friend 09 Find Me 10 For Ages 11 Muddy Hope 12 Out Of Reach 13 Calling My Name 14 Ghost Of You 15 Believe In Me 16 No Religion 17 Seeds of Disfarce 18 Getting Old


E então próximo de 23:30, o The Haze encerrava a sua apresentação, e o público, que enfervecia o Estelita lotado, aguardava ansiosamente pelo show do Dead Fish, que começou exatamente de meia-noite, com a "carinhosa" saudação do público a banda, mandando eles tomarem naquele lugar.




Bastou os primeiros Rodrigo Lima e companhia entrar no palco e os primeiros acordes soarem para o "pandemônio" se iniciar no Estelita, a ponto de absolutamente ninguem conseguir ficar parado, nem mesmo se quisesse.


Ao som da faixa "A Urgência", o público iniciou rodas punks insanas, além de muitos ousarem a fazer o chamado "stage diving", mesmo com o fato do palco do Estelita ser muito baixo.




Além disso, a plateia cantou junto com a banda praticamente todas as músicas do setlist, e Rodrigo mostrou sua presença de palco frenética, não parando de se movimentar nem um segundo, e interagindo com os fãs das primeiras fileiras.





Sonoramente, o único problema ocorrido foi o fato do som da guitarra ter sido engolida pelos outros instrumentos, sendo quase impossível de escuta-la principalmente para o pessoal do fundão, o que fez as músicas muitas vezes soarem sem peso.


E claro, não faltou discurso político por parte da banda, que sempre fez questão de deixar claro seus posicionamentos mais a esquerda, e completamente contrários ao excrementíssimo que hoje ocupa a cadeira da presidência, tendo o público acompanhado nos "elogios" a esse ser tão putrefato.




Devo relatar aqui que esse redator que vos escreve teve um momento bastante nostálgico com a banda tocou a faixa "Você", que foi um dos principais hits da banda na época do álbum "Zero e Um". Eu particularmente vi bastante o clipe desse música na MTV aos meus 10 anos, quando estava começando a formar o meu gosto musical.

E a apresentação frenética de praticamente uma hora e meia foi encerrada ao som do bloco de músicas composto pelas faixas "Sonho Médio", "Afasia" e "Bem-Vindo ao Clube", com Rodolfo subindo na grade e indo para a galera.


Ao fim da noite, a sensação que ficou é de que o dia tinha sido histórico, tanto para o Estelita, quanto para o Dead Fish, e também para os fãs. Conversando com a produção da casa e analisando registros feito em redes sociais, foi perceptível que o show a tarde, mesmo não tendo dado sold out como o da noite, foi tão insano quanto.





Certamente, essa foi uma noite para se ficar na memória de todos os presentes no Estelita naquele 11 de junho de 2022.


SETLIST


01 A Urgência 02 Tão Iguais 03 Queda Livre 04 Sangue nas Mãos 05 Não Termina Assim 06 Zero e Um 07 Sombras da Caverna 08 Self-Ego Factóide 09 Paraíbe 10 MST 11 Viver 12 Paz Verde 13 Asfalto 14 Old Boy 15 Just Skate 16 Molotov 17 Mulheres Negras 18 A Inevitável Mudança 19 Autonomia 20 Didático 21 Destruir Tudo 22 Senhor Seu Troco 23 Você 24 Venceremos 25 Proprietários 26 Vitória 27 Sonho Médio 28 Afasia 29 Bem-Vindo ao Clube

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