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  • Foto do escritorMari Goé

Cobertura: Confiram como foi o festival Araraquara Rock 2023

Quero começar o texto falando sobre a importância que o Araraquara Rock tem para essa que vos escreve! Bom, sou uma pessoa que frequenta o festival há quase uns 15 anos, foi o primeiro festival que fui, e ainda na pré-adolescência pude prestigiar bandas como Biohazard, CJ Ramone, Shaman, e muitas outras bandas grandes, numa região do estado que é praticamente esquecida quando falamos sobre o circuito de shows mainstream!


Na vida dos metaleiros de uma cidade pequena no interior de São Paulo, o Araraquara Rock sempre representou resistência e esperança, porque sabíamos que no mês de julho, todo ano, sem falta...teríamos as nossas bandas favoritas tocando para nós, num evento sempre muito bem apoiado pela Secretaria da Cultura de Araraquara.


E em 2023 não foi diferente, o festival mesclou atrações grandes e pequenas, com bandas abrangendo diversos estilos do rock e do metal, indo do grindcore ao indie e darkwave num piscar de olhos, ou do tributo a Rita Lee ao Metalcore no mesmo dia, e isso é lindo!

Tuatha de Danann

A abertura do festival ocorreu na sexta-feira dia 14 de julho no Sesc Araraquara, com um show magnífico do Tuatha De Dannan, já veteranos no festival e muito queridos pelo público araraquarense. A banda tocou desde os clássicos como “Finganforn”, “Bella Natura” e “The Dance Of The Little Ones”, até as mais novas como “The Nameless”, “Molly Maguire” e “Guns And Pikes”, e como sempre, dedicou “Warrior Queen” para todas as mulheres presentes no show.


O segundo dia do festival teve início com a banda araraquarense Umbral, que vem se destacando cada vez mais no cenário regional por suas letras afiadas, gritando aos quatro ventos sobre tudo o que assola a sociedade e a consciência humana. A banda apresentou uma de suas melhores e mais calorosas performances até agora!


A banda paulista Kill For Nothing foi a segunda banda a se apresentar, entregando um nu metal com estilo e pegada! Destaco a ótima performance do vocalista Alessandro, com uma expoente performance vocal e presença de palco. No final do show, a banda se arriscou a fazer um Medley com trechos icônicos de algumas músicas clássicas do metal moderno, levando o público a nostalgia.

Kill For Nothing

Num evento marcado por apresentações de peso, o Toxic Death foi responsável por chutar o balde e iniciar os trabalhos extremos no festival. Já veterana na cidade, este foi um dos primeiros shows da banda com a nova formação, ainda mais firme e brutal do que antes! Assim como o Correra, impressionando o público com sua potência, presença e atitude.


Os bauruenses do Rotborn se apresentaram em seguida, no que imagino que tenha sido a sua primeira apresentação em solo araraquarense, e foi uma das bandas mais elogiadas do festival.

Rotborn

Uma das representantes femininas no festival, a Eskrota fez uma marcante apresentação e "incendiou" o público, que não se conteve e se entregaram ao mosh, cantando em coro com a banda músicas como "Grita" e "Filha de Satanás".

A vocalista Ya aproveitou o momento para ressaltar a emoção de estar tocando num evento do qual ela frequentou por tantos anos, e do qual sempre sonhou em participar.

Eskrota

Com um show marcado por resistência e empatia, o Project 46 encerrou a noite e entregou uma apresentação impecável. Apesar do show ter sido interrompido duas vezes devido a uma briga no público, o vocalista Mac Bezerra e o guitarrista Vini Castellari aproveitaram o momento e mandaram o recado sobre a real importância do metal no nosso dia a dia, ressaltando que os shows, o mosh e stage dive são ferramentas que usamos para lavar a nossa alma, para tirar de nós tudo aquilo que está entalado em nossa garganta e extravasar, e que é, acima de tudo, um lugar de respeito pelo próximo.


O terceiro dia do festival foi marcado pela diversidade, com apresentações de bandas folk, indie, dark wave e heavy metal. Liderados pela vocalista Alessandra Lodoli, a Unrealism foi a grande responsável por começar os trabalhos na tarde de domingo, mostrando ao público o seu doom, death, alternativo, com guturais intercalando com teclados e vocais limpos, guitarras sombrias e uma energia envolvente. Seguidos por um lindo e emocionante tributo a Rita Lee, na voz da queridíssima e talentosa Ananda (vocalista da Brand New Eyes / Uma Poesia Qualquer), que caracterizada como a rainha do roquenrou brasileiro, cantou os maiores clássicos e esquentou os corações daqueles que sentiram a partida da cantora.


Em seguida tivemos os também araraquarenses da Pluggit em sua segunda participação no festival, que com seu indie / alternativo entregou ao público uma apresentação sólida, criativa e animada.


Para os fãs de dark wave, post-punk e indie, os paulistas da Der Baum subiram ao palco e iluminaram o festival com seu carisma, criatividade, atitude e interação com o público. O festival contou com uma abrangente participação feminina nesta edição, e uma delas foi justamente a guitarrista Fernanda Gamarano, que no maior estilo riot grrrl desceu do palco e foi de encontro com um grupo de crianças e garotas que assistiam ao show boquiabertas, por vários momentos até cedendo a guitarra para que elas dessem algumas palhetadas durante a música. Foi sem dúvida nenhuma, uma das maiores apresentações do festival, arrancando elogios até de quem não curte a parte mais alternativa do rock n roll.

Der Baum

Jimmy & Rats era uma das atrações mais esperadas do festival, por fãs que estavam ansiosos para ver Jimmy London de volta aos palcos do festival depois de mais de uma década desde sua última apresentação lá, e teve seu retorno marcado com maestria na mesma data em que comemorava seu aniversário, sendo surpreendido pelo público que o ovacionou e cantou parabéns! Numa apresentação divertida e repleta de clássicos do Rats e do Matanza, os cariocas incluíram em seu setlist músicas como “Sol Menor”, “Anne Bonny”, “Ela Roubou Meu Caminhão”, “Pra Nunca se Entregar”, “Tempo Ruim”, e outras!

Jimmy & Rats

Uma das surpresas da noite foi os paulistas da John Wayne, nome de peso no Metalcore, e que substituiu de última hora a banda Bullet Bane, que não pôde se apresentar devido a problema de saúde de um integrante. Quem já conhecia a banda, se entregou no mosh pit e lavou a alma num stage dive, e quem não conhecia...saiu de lá fã de uma banda que além de entregar técnica e um vocal extremamente poderoso, também esbanjou simpatia e cuidado para com seus fãs.


A última banda a se apresentar foi o Allen Key, um dos expoentes do metal nacional, uma banda que conseguiu encontrar o seu próprio jeito de fazer heavy metal, e conta com Karina Menasce nos vocais, violão e teclados, com uma presença de palco que impressionou até quem já conhecia a banda. No meio do show, Hugo Mariutti se juntou ao Allen Key e apresentaram os maiores clássicos do Shaman, numa apresentação que deixou o público emocionado.

Allen Key

O festival se encerrou com um feat super especial, membros do Allen Key, Kill For Nothing, Bruxax e Der Baum subiram ao palco ao lado de Hugo Mariutti e tocaram um dos maiores clássicos do metal, “Roots Bloody Roots” do Sepultura.


Foi lindo, intenso, agradou todos os públicos, e deixa o publico com ansioso pela próxima edição!


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